MEISaindo da Informalidade: como funciona o MEI para autônomos

Você é um trabalhador autônomo e quer formalizar o seu negócio? Então se tornar MEI (Microempreendedor Individual) pode ser uma boa opção. O MEI é uma categoria que oferece diversos benefícios para quem quer empreender no Brasil. Neste artigo, vamos mostrar como funciona o MEI, quais são as suas vantagens e desvantagens, e como se tornar um MEI de forma simples e rápida.

O mundo do empreendedorismo no Brasil oferece diversas opções para quem deseja iniciar um negócio próprio. Entre as escolhas mais populares, estão ser autônomo, profissional liberal ou Microempreendedor Individual (MEI). Cada uma dessas categorias possui suas próprias características e nuances, e entender as diferenças entre elas é fundamental para qualquer pessoa que esteja pensando em iniciar sua jornada como empreendedor. 

Autônomo, profissional liberal ou MEI?

Autônomo

O autônomo é alguém que trabalha por conta própria, sem um contrato de trabalho formal com uma empresa. Essa categoria oferece independência e flexibilidade, permitindo que o profissional escolha seus próprios horários e clientes. No entanto, a instabilidade financeira e a falta de benefícios são desafios enfrentados por esses profissionais.

Profissional liberal

Profissionais liberais, como médicos, advogados e engenheiros, possuem formação técnica ou acadêmica específica e são regulamentados por órgãos profissionais. Eles oferecem serviços especializados, sendo reconhecidos pela expertise em suas áreas, mas enfrentam a concorrência acirrada e a responsabilidade ética e legal por seus serviços.

MEI (Microempreendedor Individual)

O MEI é uma modalidade criada pelo governo brasileiro para formalizar pequenos empreendedores. Oferece vantagens como simplicidade tributária, acesso a benefícios previdenciários e a possibilidade de emitir notas fiscais. No entanto, existem limitações de faturamento anual e restrições quanto às atividades permitidas.

Regras para ser MEI

Para se tornar um Microempreendedor Individual (MEI), é essencial seguir algumas regras e critérios estabelecidos pelo governo brasileiro. Aqui estão as principais regras para ser MEI:

1. Faturamento anual: O faturamento anual do seu negócio não pode ultrapassar R$ 81.000,00. Esse é o limite para se enquadrar como MEI.

2. Natureza da atividade: A atividade que você exerce deve estar na lista de ocupações permitidas para MEI. Consulte a lista oficial para verificar se sua atividade se enquadra.

3. Titularidade única: O MEI é uma categoria empresarial para empreendedores individuais. Isso significa que você não pode ter sócios ou participar de outras empresas como titular.

4. Empregado: Como MEI, você pode contratar no máximo um funcionário, que deve receber o salário mínimo ou o piso da categoria.

5. Declaração anual (DASN-SIMEI): Todo ano, você deve entregar a Declaração Anual do Simples Nacional do MEI (DASN-SIMEI) até o último dia de maio. Nesta declaração, você informa o faturamento do ano anterior.

6. Pagamento do DAS: Você é responsável por pagar mensalmente o Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), que engloba os impostos e contribuições previdenciárias. O pagamento deve ser feito até o dia 20 de cada mês.

7. Emissão de Notas Fiscais: Como MEI, você precisa emitir notas fiscais para outras empresas ou pessoas físicas sempre que realizar uma venda ou prestar um serviço.

8. Mudança de categoria: Caso seu faturamento ultrapasse o limite de R$ 81.000,00 ou caso sua atividade não se enquadre mais na lista de ocupações permitidas, você precisará mudar para outra categoria empresarial, como Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP).

9. Regularização de pendências: É importante manter suas obrigações em dia para evitar problemas fiscais. Se houver qualquer pendência, regularize-a o quanto antes para evitar penalidades.

Todo autônomo ou profissional liberal pode ser MEI?

Qualquer autônomo pode se tornar um Microempreendedor Individual (MEI) desde que cumpra todas as regras citadas anteriormente. 

Quanto aos profissionais liberais, nem todos têm a opção de se tornar MEI, pois essa categoria é reservada para trabalhadores com pequenos negócios que não dependem de formação e registro profissional específicos.

Como abrir MEI para autônomos

Abrir um Microempreendedor Individual (MEI) no Brasil é um processo relativamente simples, especialmente para autônomos que desejam formalizar suas atividades. Se você já identificou sua ocupação na lista de atividades elegíveis para MEI, aqui está um guia prático para abrir sua própria MEI:

  1. Acesse o Portal do Empreendedor
  2. Selecione a opção "Quero ser MEI" e, em seguida, clique em "Formalize-se".
  3. Se você já possui uma conta, acesse utilizando seu CPF. Caso contrário, crie uma nova conta no site.
  4. Complete os campos com seus dados pessoais, incluindo RG, CPF, endereço e número de telefone para contato.
  5. Selecione a atividade que será exercida como MEI, escolha um nome fantasia para seu negócio e indique o local de trabalho.
  6. Complete as declarações solicitadas pelo sistema e finalize o processo de inscrição.
  7. Após a conclusão, você receberá o CCMEI (Certificado de Condição de Microempreendedor Individual). Esse documento confirma sua inscrição e inclui o número de CNPJ da sua empresa.

MEI ou autônomo: qual a melhor opção?

De maneira geral, possuir um CNPJ confere uma aura de profissionalismo ao negócio, elevando-o a um nível superior. Além da credibilidade adicional proporcionada pelo registro, o Microempreendedor Individual (MEI) apresenta uma série de vantagens, incluindo a simplificação do processo de pagamento de impostos e contribuições, tornando a gestão financeira mais acessível. 

Entretanto, os autônomos, embora tenham a liberdade de não ter limitações de faturamento ou restrições quanto às atividades exercidas, frequentemente enfrentam desafios relacionados à complexidade e ao custo do recolhimento tributário. 

Dessa forma, ao decidir entre MEI ou autônomo, é essencial ponderar não apenas sobre a natureza do trabalho, mas também sobre a disposição para lidar com as exigências fiscais, assegurando uma escolha que esteja em consonância com os objetivos e as necessidades específicas do empreendedor.

É recomendado consultar uma contabilidade especializada na área para garantir que você faça a escolha adequada. Também é fundamental estar atento às suas atividades e às mudanças na legislação para manter sua situação profissional regularizada.

Entre em contato com a nossa equipe agora mesmo e saiba como podemos ajudá-lo a alcançar seus objetivos profissionais.

Você pode se interessar também:

Como funciona o MEI e o Simples Nacional para programadores que atuam no exterior?

CNAE para programador: qual escolher?

Fale conosco